Deus disse ao povo de Israel: — Vou seduzir novamente a minha amada e levá-la para o deserto, onde lhe falarei do meu amor. (Oséias 2:14)
Oséias teve uma tarefa muito estranha. Deus ordenou que ele se casasse com uma mulher que todos sabiam ser infiel. Ele foi e casou com Gomer e tiveram muitos filhos. Com o tempo, Gomer deixou Oséias com os filhos e arranjou amantes e, finalmente, acabou caindo no mercado de escravas do sexo.
Oséias fez o impensável. Ele foi ao prostÃbulo, pagou o preço de Gomer e a trouxe de volta para sua casa. Eis a justificativa dele: — O Senhor Deus falou de novo comigo e disse: — Vá e ame novamente a esposa rebelde. Ame-a assim como eu amo o povo de Israel, embora eles adorem outros deuses. Então fui e comprei Gomer por quinze barras de prata e cento e cinquenta quilos de cevada. Eu disse a ela: — Por algum tempo, enquanto seja purificada, você vai esperar por mim. Durante esse tempo não se torne prostituta, nem se entregue a um amante novamente. E eu também esperarei por você. (Oséias 3:1-3)
Na realidade, Oséias redimiu sua esposa rebelde. Em vez de deixá-la com as consequências naturais da sua rebeldia, ele a trouxe de volta para casa, esperou um tempo, e fez uma nova aliança de casamento.
Esta história simboliza Deus e o Seu povo. Desde o inÃcio da história, o Senhor deixa claro a Oséias que a dor da traição, da ingratidão, e da natureza inconstante de Gomer era exatamente o que o próprio Deus estava experimentando com o Seu povo. A idolatria e a infidelidade haviam passado dos limites. A nação estava totalmente envolvida nos costumes pagãos, em clara desobediência a Deus. O povo estava como a esposa rebelde e seu destino seria semelhante ao de Gomer. Oséias assegurou ao povo israelita que as consequências naturais do pecado – a escravidão e a miséria – estavam chegando, mas mesmo assim o Senhor não iria abandoná-lo.
Deus disse: — Vou seduzir a minha amada e levá-la de novo para o deserto, onde lhe falarei do meu amor… Finalmente Ele disse: — Eu casarei com você, e para sempre você será minha legÃtima esposa. Eu a tratarei com amor e carinho.
No deserto, esvaziada de seus tesouros, de seus deuses, e de sua riqueza, a nação de Israel descobriria que não era objeto da ira de Deus, mas de Sua misericórdia, apesar da rebeldia e ingratidão. Esta é uma manifestação incrÃvel da graça de Deus no Antigo Testamento. Veja bem, Deus poderia ter dito assim: – A nação me traiu e me abandonou, por isso vou esquecê-la e jamais irei atrás dela. Em vez disso, Ele disse: – Eu vou seduzi-la e tratar dela.
Os pensamentos de Deus estão acima dos céus. A Sua misericórdia é infinita e as razões para Deus ser assim estão no seu caráter. Isso independe de quão indignos são os homens. A bondade divina aproveita a ocasião da maldade humana para tornar-se bem mais ilustre. O objetivo é ampliar a graça para aqueles que mais necessitam de piedade. Deus faz isso puramente por amor e misericórdia.
Da mesma forma que Oséias resgatou a esposa rebelde e tratou dela, Deus pode estar tratando de você em um deserto nesse momento, falando-lhe do Seu amor, para tê-lo definitivamente de volta, uma vez que você já foi resgatando pelo sangue de Jesus Cristo derramado na cruz. Você não pode esquecer de que para Deus, o deserto é um lugar de restauração.
Você está num deserto agora? Financeiramente? Relacionalmente? Espiritualmente? Tenha o conforto em saber que Deus pode te esvaziar de toda arrogância e presunção para que esteja apto a colocar o foco nEle e nunca mais O abandonar.
Postado por Inerves no Corro para o Céu em 3/17/2011 09:13:00 AM
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